sábado, 9 de abril de 2011

O SEGEDO DA LONGEVIDADE - OS TRÊS TESOUROS DA ALIMENTAÇÃO NATURAL

O meu amigo Rui Rato na Sexta-feira, 8 de Abril de 2011 às 23:27, publicou isto no Facebook. E entretanto tambem o publico aqui com gratidao.
Segundo ele os 3 segredos da Longevidade são:

1º - Comer e beber pouco e a horas regulares.

2º - Mastigar e ensalivar bem, cerca de 50 a 80 vezes.

3º - Comer alimentos da estação, biológicos e de origem vegetal.

1º - SHO-SHOKU

Comer e beber pouco e a horas regulares.

“Quem come e bebe pouco, mesmo com uma constituição débil, terá boa longevidade e prosperidade e será feliz na velhice. E normalmente não adoecerá. Tal pessoa pode parecer fraca, mas por dentro é forte” - Namboku Mizuno (1757-1825).

“Quem come e bebe muito, mesmo com uma boa constituição, terá infortúnio, morrerá cedo e será infeliz na velhice.” - Namboku Mizuno (1757-1825).

“Quem come e bebe muito, mesmo com uma alimentação simples, terá infortúnio, morrerá cedo e será infeliz na velhice. Pessoas rurais são excepção a esta regra” - Namboku Mizuno (1757-1825).



Segundo pesquisadores da Universidade de Washington, em Saint Louis, nos Estados Unidos, o hábito de consumir refeições menos calóricas interfere na produção de diversas substâncias, entre as quais uma hormona da tiróide, o T3. E só isso, de acordo com os cientistas, já bastaria para retardar o envelhecimento precoce. As provas vivas e não similares são Canto e Owen, dois dos macacos que participaram de uma experiência de restrição calórica conduzida pelo gerontólogo Richard Weindruch no Centro Nacional de Pesquisas com Primatas do Estado de Wisconsin, nos Estados Unidos. Canto, 25 anos, 445 calorias por dia, está com o pêlo reluzente, com mais vitalidade, olhar alerta, postura correcta e boa disposição. Owen, 26 anos, 885 calorias por dia, parece pai dele, encurvado pela artrite, calvo aqui e ali, barrigudo e enrugado.

Três grupos de ratos: o primeiro, mantido em gaiolas com farta disponibilidade de alimentos (alimentados ad libitum, em linguagem técnica).

O segundo sofreu um corte de 30% no número de calorias diárias; e o terceiro, um corte de 60%. Curiosamente, os que receberam 30% menos calorias diárias viveram 30% mais, e os que tiveram um corte de 60%, viveram 60% mais do que os alimentados ad libitum. Experiências semelhantes foram repetidas com diversas espécies unicelulares e multicelulares.

Alguns dos resultados estão relacionados abaixo:

* Paramécia (protozoário de água doce):

Dieta normal: Vida média = 7 dias / Vida máxima = 13 dias

Restrição calórica: Vida média = 13 dias / Vida máxima = 25 dias

* Pulga de Água (unicelular):

Dieta normal: Vida média = 30 dias / Vida máxima = 42 dias

Restrição calórica: Vida média = 51 dias / Vida máxima = 60 dias

* Aranha:

Dieta normal: Vida média = 50 dias / Vida máxima = 100 dias

Restrição calórica: Vida média = 90 dias / Vida máxima = 139 dias

* P. reticulata (peixe ornamental dourado):

Dieta normal: Vida média = 33 meses / Vida máxima = 54 meses

Restrição calórica: Vida média = 46 meses / Vida máxima = 59 meses

* Rato Branco:

Dieta normal: Vida média = 23 meses / Vida máxima = 33 meses

Restrição calórica: Vida média = 33 meses / Vida máxima = 47 meses

* ANÁLISE DAS CONCLUSÕES:

Quando uma mesma intervenção provoca resultados semelhantes em espécies tão disparas quanto seres unicelulares, aracnídeos, peixes e mamíferos, dificilmente poderia deixar de ser válida para a espécie humana.

1. Muitos pesquisadores procuraram esclarecer se a restrição calórica por si só aumenta a longevidade, ou se o faz em virtude da ingestão de menos gordura ou outros componentes da dieta. Os trabalhos foram unânimes em demonstrar que a primeira hipótese é a verdadeira: restrição de gordura, proteína ou carboidratos sem que haja diminuição do número de calorias ingeridas não é capaz de alterar a longevidade. Da mesma forma, estudos que testaram o papel dos suplementos alimentares com multi-vitaminas ou anti-oxidantes na dieta falharam em demonstrar qualquer impacto no aumento da sobrevivência dos animais.

2. Para esclarecer o papel do exercício físico na duração da vida há um trabalho clássico feito com dois grupos de ratos alimentados com dietas de idêntico conteúdo calórico. O primeiro grupo permaneceu em gaiolas pequenas, sedentário. O segundo foi colocado naquelas gaiolas com rodas penduradas, nas quais o ratinho anda o tempo todo sem sair do lugar. O exercício físico pode evitar a morte precoce devida a causas passíveis de prevenção, mas não retarda o envelhecimento. Ninguém conseguirá bater o recorde oficial de 122 anos de vida para a espécie humana à custa do exercício, embora possa deixar de morrer de enfarte cardíaco aos 52 (o que não é pouco).

Na ilha de Okinawa, a população consome uma dieta mais tradicional, em média 17% mais pobre em calorias do que no resto do Japão. Em Okinawa, a mortalidade por doenças cardiovasculares, derrame cerebral e certos tipos de cancro é 31% a 41% mais baixa do que no resto do país. Lá, também, o número de indivíduos centenários é 40 vezes maior do que em qualquer outro lugar do Japão.

Na Suécia, altos níveis de consumo calórico estão associados a uma maior incidência de cancro da próstata. Estudos epidemiológicos sugerem que a mesma associação exista para cancro de estômago,intestino e, possivelmente, mama.

Rapidamente, acumulam-se dados sugestivos de que dietas com alto teor calórico tenham implicações na instalação da doença de Alzheimer, Parkinson, insuficiência cardíaca, aterosclerose e outras enfermidades características da idade avançada. Parece que a “restrição calórica retarda o processo de envelhecimento do coração como um todo”, diz Prolla, cujo grupo empregou poderosas técnicas moleculares para estudar aproximadamente 10.000 genes no coração.

“A descoberta mais clara e consistente com animais e seres humanos é que o excesso de calorias independente da fonte alimentar, em cobaias por exemplo a redução de 30% de calorias pode reduzir em 80% o cancro” - Walter Willet (um dos maiores nutricionistas mundiais).

“Quem come e bebe a horas irregulares, terá infortúnio, e não poderá realizar os seus objectivos. Estas pessoas realizam pouco e cansamse ao completar 80 a 90 % da sua meta” - Namboku Mizuno (1757-1825).

2º - SO-SHYAKU

Mastigar e ensalivar adequadamente.

A saliva é o melhor remédio. Os alimentos são a fonte da nossa energia vital, a origem do nosso sangue. Trinta biliões de células morrem e renascem por segundo. O que significa que a nossa possibilidade de auto-renovação e auto-cura é inacreditavelmente espantosa. A selecção adequada dos alimentos, bem como da sua preparação dependerá a nossa vitalidade psicossomática.

A mastigação e a ensalivação são as únicas actividades que podem se ser reguladas pela nossa vontade própria. A saliva ou líquido divino como é designada em japonês (shin-eki), contém: (i) gamaglobulinas, que têm um papel fun damental no con trolo da leucemia, devido à sua capacidade de coagulação do sangue; (ii) o interferão, que con trola as células cancerosas; (iii) a opiorfina, que os cientistas testaram in vivo em testes com ratos de laboratório, e descobriram que 1 grama do analgésico salivar natural (opiorfina) tinha o mesmo efeito que 3 gramas de morfina quando a dor era induzida por uma substância química. Quando a dor era «mecânica» (através do teste dos alfinetes), era necessária uma dose seis vezes maior de morfina do que a de opiorfina para tornar as cobaias insensíveis à dor; (iv)parotina, hormona que retarda o envelhecimento; (v) enzimas bactericidas, como a lisozima, que destrói as bactérias.

Há algum anos atrás, no laboratório de pesquisas bioquímicas da Universidade de Tóquio, foram levadas a cabo experiências para determinar a acção enzimática da saliva sobre processos cancerígenos.

Culturas de bactérias foram submetidas à acção de materiais reconheci damente cancerígenos tanto de natureza orgânica, quanto inorgânica, ocorrente no meio natural ou não. Assim, sob o efeito dos materiais triptoano, aflatoxina e af-2, ocorreram transformações neoplasmáticas degenerativas imprevisíveis na estru tura das bactérias em experiência. Porém, ao adicionar-se saliva humana à cultura de bactérias uma determinada percenta gem delas recuperou a normalidade de con dições em apenas 30 segundos! Em pouco tempo a totalidade da cultura ficou regulari zada. De facto, a mastigação completa a ensalivação. A mastigação é a condição de garantia radical contra todas as doenças, além de ser um dos principais meios de recupe ração de afec ções, as mais diversas, inclusive o cancro.



AS VANTAGENS DA MASTIGAÇÃO:



1. Melhora a Digestão



A mastigação produz saliva e a saliva (sal+iva) possui sal orgânico que evita a fermentação dos alimentos e a consequente formação de gases, com todas as consequenciais nefastas dai advindo. Quanto mais se mastigar mais facilitada será a digestão, ao mastigar estamos a fazer uma pré-digestão e sentiremos menor necessidade de beber líquidos que também atrasam e desconcentram a digestão.



Há alguns anos atrás um americano chamado Flecther começou a difundir a necessidade da mastigação. O número de curas foi tão elevado e difundiu-se de tal forma, que chegou até a haver campeonatos de fietcherização, nome popularizado que foi dado à mastigação. Depois, caiu no esquecimento. O estadista inglês Gladstone obrigava os filhos a mastigar 36 vezes cada bocado. George Ohsawa costumava dizer que :”Devemos beber o sólido e mastigar o líquido.”

2. Produz mais Resistência

Observando os animais, reparamos que os animais carnívoros geralmente devoram as suas presas rapidamente. Esses animais movimentam-se muito rapidamente, mas somente por distâncias curtas.

Esses animais não conseguem fazer nenhuma actividade que exija resistência prolongada. O animal selvagem mais rápido que se conhece é a chita, o qual pode atingir até 110 km por hora em distâncias relativamente pequenas, ao caçar animais vegetarianos, como antílopes, veados ou coelhos. Mas se não conseguir agarrar a sua presa em pouco tempo, desiste da mesma. Os animais vegetarianos como os cavalos, búfalos, antílopes ou veados conseguem correr durante muito tempo a altas velocidades. Eles possuem força, porém também resistência. Na qualidade de humanos, queremos quantidade e qualidade de energia.



3. Promove Curas mais Rápidas



As pessoas que aprendem a cozinhar adequadamente, que se nutrem bem e que mastigam até os alimentos se tornarem líquidos, além de praticarem exercício físico diário são as que têm as melhores probabilidades de se recuperar mais rapidamente e mais completamente das suas doenças. Em resumo, essas pessoas aprenderam a ter completa responsabilidade por si mesmo. Repetindo, a quantidade de esforço e consciência que colocamos em qualquer coisa que façamos será reflectida nos resultados obtidos.



4. Desenvolve mais Paciência e Auto-Controlo



Necessitamos de disciplina para mastigar adequadamente. E se tivermos disciplina nas refeições, haverá também disciplina nas nossas vidas. Também desenvolveremos maior paciência. Quando estivermos impacientes, sentiremos também impaciência ao mastigar. Uma produz a outra. Mais mastigação produz mais paciência; mais paciência produz mais mastigação. O prazer momentâneo ao ingerir alimentos nocivos desaparece rapidamente.



5. Reduz o Volume de Comida Desejada Quanto mais se mastigar menos alimentos necessitaremos, porque conseguiremos extrair mais nutrição dos alimentos e nos saciaremos mais rápido. A mastigação é um dos melhores potencializadores nutricionais que existe. Ao diminuir a quantidade de alimentos, o estômago diminuirá também ele de tamanho, conseguindo assim produzir sucos digestivos mais concentrados e uma melhor digestão. Quando a nossa saúde melhora, precisaremos de menores quantidades de alimentos, porque absorveremos mais nutrientes com menos alimentos. Trinta e quatro milhões de americanos têm excesso de peso. Se é uma dessas pessoas, a mastigação pode ajudá-lo a conseguir chegar a um peso ideal. Ao consumir alimentos saudáveis mastigados adequadamente o corpo se tornará mais firme e mais “enxuto”. Há indivíduos que não perdem peso, qualquer que seja a dieta que adoptem.

Os resíduos dos alimentos parcialmente digeridos permanecem dentro do corpo. Depósitos de resíduos espessos criam um bloqueio no fluxo de energia. Essa energia torna-se então estagnada.

Entretanto, ao mastigar adequadamente de maneira natural poderemos atingir o peso ideal. Até a celulite pode desaparecer. Primeiro perde-se peso e depois a gordura ao redor dos órgãos internos. A energia e força vital começarão a fluir mais vigorosamente através de todo o organismo.



6. Cria maior Discernimento e melhora a Saúde Mental



A palavra que a língua japonesa utiliza para “mastigação” significa “bom entendimento”. Na Medicina oriental, o cérebro e o intestino delgado (área do “hara”) são conectados energeticamente. A condição dos intestinos afecta a nossa maneira de pensar. Se comermos menos e mastigarmos mais, o nosso pensamento tornar-se-á mais claro e o nosso cérebro funcionará melhor, especialmente se respirarmos profundamente enquanto comemos. A maior parte do oxigénio que entra quando inspiramos vai para o nosso sistema nervoso e para o nosso cérebro. A digestão também precisa de bastante oxigénio, sendo assim, ao respirarmos profundamente não roubaremos oxigénio da digestão para o cérebro. A combinação de menos comida e mais oxigénio cria um fluxo maior de energia. Mais importante ainda, essa combinação de menos comida e mais oxigénio ajuda a transformar os alimentos em glicose, a qual fornece mais energia para o organismo.



7. Potencializa a Nutrição e Absorção



O amido contido nos hidratos de carbono só é adequadamente digerido pela acção da ptialina salivar que se encontra na saliva. O que significa que a digestão dos amidos faz-se principalmente na boca. Quem se alimenta de cereais integrais e não mastiga não absorve satisfatoriamente.



8. Economiza



Quando se mastiga bem fica-se satisfeito com menos alimentos, e, portanto, gasta-se menos no supermercado. Além disso, a saúde melhorará, reduzindo as despesas com médicos e remédios. Os americanos gastam mais de 200 bilhões de dólares por ano com cuidados médicos. Saiba que existe uma conexão entre os hábitos de alimentação e a saúde.



9. Reduz a Apetência por Doces



As pessoas que mastigam muito pouco constantemente sentem o desejo de doces a todas as refeições. Aqueles que mastigam e ensalivam satisfatoriamente os hidratos de carbono complexos notam o sabor doce inerente a esses alimentos e conseguem diminuir a sua necessidade de doces e sobremesas. É importante para as pessoas que sofrem de hipoglicemia ou diabetes e desordens relacionadas com o pâncreas e baço (os quais controlam o açúcar do sangue) mastigar bastante - 150 vezes ou mais. Esses órgãos processam os açúcares. Quanto mais mastigarmos, mais doces os alimentos nos parecerão. O sabor adocicado dos alimentos, e reivindicar refeições sem tensões ou stress, colaborarão para diminuir a necessidade de apetência por doces.



10. Melhora o Sabor dos Alimentos



Qualquer alimento e em particular os hidratos de carbono, tornam-se mais doces quanto mais se mastiga. As pessoas que adoptaram o hábito de mastigar, passaram a dar mais valor a refeições mais simples, satisfazendo-se com menos, ao mesmo tempo que absorvem melhor. Mastigar 50 a 100 vezes torna a comida deliciosa. A mastigação revela o verdadeiro sabor dos alimentos, habilitando-nos a distinguir os alimentos bons e maus; os alimentos bons tornam-se mais saborosos à medida que mais mastigamos.



11. Elimina a Flatulência



Muita gente sofre de gases intestinais. Há dois tipos de flatulência.Um tipo é inodoro e ocorre devido a uma mastigação inadequada e ao excesso de alimentos. Se mastigarmos os alimentos calmamente e em silêncio, de preferência com os olhos fechados, comeremos menos e reduzirá a flatulência. A flatulência mal cheirosa acontece em pessoas que têm má digestão devido a uma dieta errada, combinação imprópria de alimentos, alimentos mal cozidos e mastigação inadequada.



12. Elimina o Stress e as Tensões



Muita gente carrega consigo muita tensão e stress. Quanto mais calmamente as refeições forem feitas, maior será a energia que entra no corpo. Quando a mastigação é praticada como uma forma de meditação, a refeição transforma-se em algo semelhante à oração, porém não do tipo religioso; passa a ser uma experiência vigorosa, com efeitos calmantes e curativos, que poderá desfrutar duas a três vezes por dia.



13. Elimina o Mau Hálito



Os odores do mau hálito provêm de diversos factores. A maioria das pessoas que tem mau hálito crónico come demais ou muito frequentemente. Antes de acabar a digestão de uma refeição já começam outra. Tomam lanches e “beliscam” entre as refeições. Três refeições são suficientes se comermos correctamente. Muitos satisfazem-se com apenas duas refeições por dia. Lembre-se de que temos a opção de purificar ou putrefazer o nosso sistema digestivo. Um sistema digestivo saudável geralmente traduz-se num corpo e mente saudáveis. Há um ditado que diz: bom hálito significa boa disposição.



14. Activa as Glândulas



Uma boa mastigação afectará o sistema endócrino glandular. A mastigação activa todas as glândulas, desde a pituitária até à tiróide, o pâncreas, o baço e as gónadas. Os órgãos sexuais tornam-se mais equilibrados. A glândula que sofre a maior mudança é o timo, o qual produz as células-T, necessárias para o bom funcionamento do sistema imunitário. De acordo com as pesquisas do American Medical Dictionary, a hormona parotina, o qual é excretada durante a mastigação, aumenta a produção das células-T. A mastigação é essencial para pessoas com SIDA ou com qualquer outra doença degenerativa.



15. Alcaliniza o Organismo



Um corpo saudável é mais alcalino que ácido. A mastigação cria uma condição mais alcalina no corpo porque a saliva é alcalina e, ao misturar-se com os alimentos, alcaliniza os alimentos que ingerimos. Até os hidratos de carbono podem criar uma condição ácida se não forem bem mastigados. O pH da saliva é de 6,8 a 7,2. O pH normal do sangue varia dentro da pequena faixa de 7,35 a 7,45. Em comparação com a água, portanto, o sangue normal tem o pH levemente alcalino. Quando o pH do sangue está abaixo de 7,35 existe acidose; se o pH do sangue é superior a 7,45, existe alcalose. Quando a acidose é severa e o pH alcança valores abaixo de 6,85, em geral as funções celulares alteram-se de tal forma que sobrevém a morte celular; o distúrbio é irreversível. Do mesmo modo, nas alcaloses severas e persistentes, os valores de pH superiores a 7,95 são incompatíveis com a normalidade da função celular. O distúrbio é irreversível e, em geral, ocorre a morte celular.



16. Auxilia na Cura de Úlceras



A mastigação aumenta a quantidade e a qualidade de saliva, a qual é um curativo para qualquer tecido, interno ou externo. Frequentemente recomenda-se a pessoas com desordens estomacais ou digestivas que retenham uma ameixa umeboshi na boca para estimular a produção de saliva. A saliva é um remédio natural e, quando ingerida, neutraliza o excesso de acidez no estômago e auxilia no alívio de úlceras.



17. Cria Dentes e Gengivas mais Fortes



A mastigação estimula o fluxo do sangue e dá energia para os dentes e gengivas, uma vez que os usamos mais. Reduz a ansiedade por alimentos não saudáveis. Se mastigarmos bem alimentos saudáveis, aos poucos descobriremos que a ansiedade por alimentos não saudáveis diminuirá. Quando começamos a mastigar realmente bem, o desejo por alimentos animais, incluindo peixe, fruta, sobremesas,diminui na proporção que aumenta a mastigação.



18. Desenvolve a Criatividade



Ao mastigar mais, comemos menos e comer menos estimula um fluxo mais vigoroso de energia através do organismo. Uma alimentação em excesso provoca estagnação do corpo, da mente e dos canais criativos. A inspiração tem as suas raízes na palavra “respiração”. O oxigénio consegue fluir com maior facilidade num corpo livre de estagnação e gordura excessiva. A criatividade em todos os níveis aumenta quando estamos sincronizados com a Natureza, através de um estilo consciente de vida.



19. Promove o Rejuvenescimento



A mastigação tem efeitos rejuvenescedores. Os indivíduos da comunidade Hunza dos Himalaias são conhecidos pela sua longevidade e prática da mastigação. O Dr. Tomozaburo Ogata, professor da Escola de Medicina da Universidade de Tóquio, conduziu uma extensa pesquisa a respeito do rejuvenescimento. Essa pesquisa é mencionada no livro Natural Immunity, de Noboru Muramoto. Noboru Muramoto diz que o Dr. Ogata descobriu que a mastigação revitaliza o corpo porque activa as glândulas parótidas, localizadas em cada lado das mandíbulas, abaixo dos ouvidos. Quanto mais mastigarmos, mais activas as glândulas se tornam, produzindo a hormona parotina. Se se mastigar poucas vezes, a hormona é engolida e destruída no estômago. Mastigando bem faz com que a hormona parotina seja absorvido pelo sistema linfático. A hormona renova as células, afectando o sistema endócrino glandular e rejuvenescendo o corpo inteiro. O Dr. Ogata extraiu a hormona parotina da saliva da vaca e injectou-a em alguns pacientes; em poucos meses esses pacientes tinham uma aparência de dez anos mais jovens. Mas, com o tempo, os efeitos rejuvenescedores diminuíram porque a hormona era apropriada para vacas e não para seres humanos. Cada um de nós pode mastigar bem e produzir as suas próprias hormonas rejuvenescedoras.



20. Cria maior Vitalidade e Vigor Sexual



É natural e lógico que qualquer coisa que aumente a nossa energia e melhore a nossa saúde também melhorará os nossos órgãos sexuais e a nossa vida sexual. Impotência, infertilidade, falta de orgasmo são primariamente resultados da energia bloqueada e nutrição inadequada.



21. Melhora as Condições de todos os Órgãos



Uma das razões pelas quais a mastigação é importante é porque fará com que coma menos. Como consequência terá um fígado mais saudável. Este é o primeiro passo para a longevidade e uma saúde melhor. Não existe saúde sem um bom fígado e não existe um bom fígado sem uma boa mastigação.



22. Aumenta a Eficiência na Vida



”Parece que quanto mais mastigo mais tempo tenho! Completo as minhas tarefas com maior rapidez e eficiência. O relógio passou a ser meu aliado” - Jane Quincanno. “Salivação é salvação”- Tomio Kikuchi.





3º - SHIZEN-SHOKU



Comer alimentos da estação, biológicos e de origem vegetal.



A maioria das pessoas pensa que dá demasiado trabalho comprar folhas frescas, por isso prefere congelá-las, ou comprá-las já preparadas. Estão sempre dispostas a matar o tempo e não lhe dão o real significado. Preparar os vegetais verdes é um acto humano sagrado. Na realidade dá trabalho preparar vegetais, mas o prémio é muito grande. Comê-los é sempre um prazer, não só pelo seu valor nutritivo. Os vegetais de folha verde são uma importante fonte de clorofila, elemento necessário para criar glóbulos vermelhos de boa qualidade,que transportam o oxigénio ao organismo.

Se comemos vegetais verdes o nosso cérebro funciona melhor e o pensamento é mais claro. O cérebro necessita de grande quantidade de oxigénio para funcionar. É de suma importância que o nosso organismo receba oxigénio suficiente, particularmente quando estamos doentes.

Não só o ar que respiramos deve ser fresco e limpo, mas também os glóbulos vermelhos devem ser saudáveis de maneira a aceitar o oxigénio e levá-lo a todo o organismo. É preferível cozinhar os vegetais especialmente quando o tempo é mais fresco. Os vegetais de folhas verdes são muito importantes para a vesícula biliar assim como para o cérebro. Já as raízes são benéficas para o intestino delgado. A pele dos vegetais e raízes é benéfica para a pele.

Os vegetais naturalmente doces, como a abóbora, cenoura, cebolas, repolho são benéficos para o baço. Em caso de contracção corporal, pessoas com condição yang dos rins, fígado, bexiga e intestino grosso é necessário uma boa quantidade de vegetais cozidos e crús. Os vegetais silvestres como a artemisia e o dente-de-leão são adequados para o coração e o sangue. Algumas pessoas têm uma condição anémica, mas se elegerem uma alimentação rica em cereais e vegetais, especialmente vegetais de folhas verdes melhoram mais rápido. As plantas verdes realizam a fotossíntese, absorvendo CO2 e libertando O2, e os nossos pulmões fazem o oposto, libertam CO2 e absorvem O2. . Nos vegetais verdes, a clorofila é responsável por unir o dióxido carbono com a seiva. No corpo humano, a hemoglobina é responsável por unir o oxigénio com o sangue. A clorofila contém magnésio, a hemoglobina contém ferro. Sendo bastante similares.

Quando ingerimos folhas verdes, consumimos clorofila. Na corrente sanguínea o magnésio é substituído por ferro e produz hemoglobina. Os vegetais verdes são como um jardim em miniatura que ingerimos no nosso organismo, provendo assim uma boa fonte de oxigénio e ao mesmo tempo a nutrição ideal para as bactérias intestinais.



CEREAIS INTEGRAIS



Os cereais são alimentos completos tanto do ponto de vista nutricional como energético, sendo constituídos basicamente por hidratos de carbono. Cerca de 50% a 60% da nossa refeição deveria constituir-se de cereais integrais em grão cozinhados e preparados de diversos métodos.



ARROZ INTEGRAL



O cereal mais equilibrado é o arroz integral, consumido preferencialmente sob a forma de grão. O arroz pode ser usado inteiro, integral, ou para quem tem problemas de assimilação, idosos, crianças, socado (retirar ligeiramente a película no liquidificador, mas inclui-la no cozimento) ou demolhado (mais yin). O arroz de grão curto é preferível, o arroz de grão médio e longo pode ser usado ocasionalmente em climas mais quentes. Os outros cereais e derivados podem ser usados ocasionalmente, mas nunca como alimento principal e básico. O arroz (constituído por duas espécies, Oryza glaberrima e Oryza sativa) é uma planta da família das gramíneas. Há milhares de anos que o arroz é alimento básico de quase metade da população mundial. O arroz integral cozido é a base da dieta macrobiótica. É o alimento preferido porque a sua relação Na/K = 1/4.5 é a mais próxima do nosso plasma 1/7.

O arroz integral é o melhor alimento para consumo diário. É o grão que contêm as mais abundantes vitaminas do complexo B e é o mais fácil de digerir. O arroz é indicado para todos os órgãos e funções, em especial, o sistema nervoso e cérebro, indicado contra as alergias, pulmões, rins, bexiga e órgãos sexuais, muito útil para hipertensão e arteriosclerose, sendo um dos melhores alimentos pata tratar problemas intestinas. Ajuda a desenvolver maior compreensão de todos os fenómenos físicos e metafísicos. O gérmen do arroz integral contém fitina (ácido fítido) que ajuda a expelir as toxinas do corpo. Se colocarmos arroz integral e arroz branco num recipiente com água, o arroz integral brota e o arroz branco apodrece. O arroz branco praticamente só contém hidratos de carbono, enquanto que o arroz integral possui todos os ingredientes para germinar a vida. O arroz integral tem 12% de proteínas e 60% de água, além da que foi absorvida pela cozedura. A sua preparação na panela de pressão é a mais aconselhável, produz mais energia e calor a quem o consome, além de ser mais doce, no entanto no Verão ou ocasionalmente pode ser admissível a sua confecção na panela de ferro, inox ou barro (para crianças e idosos). Deve ser utilizado diariamente como alimento principal e, da sua forma de prepara ção, dependerá essencialmente o nosso estado físico, psíquico e sentimental. O arroz integral não deve ser lavado em muitas águas, para não retirar as vitaminas e sais minerais. Como prato principal, o arroz deve ser preparado apenas com água e um pouco de sal marinho, de 15 a 20g por kilo. Depois de pronto pode-se adicionar uma colher de café de gómasio ou ameixa umeboshi amassada com umas gotas de shoyu ou furikake (condimento feito com pó de vegetais escaldados e secos à sombra). A adição de condimentos deve ser feita ocasionalmente e com moderação para não alterar o gosto relativamente neutro e adocicado do arroz integral.



RAIZES,VERDURAS E LEGUMES



Cada refeição deve incluir cerca de 25% a 30% de raízes, legumes e verduras, de preferência de cultivo local e sem pesticidas preparados de diversas maneiras. Para tal é muito importante frequentar cursos de cozinha macrobiótica com alguém qualificado. Bardana, cenoura, raiz de lótus, nabo comprido fresco ou seco, nabo, pastinaga, rabanete, rábano, raiz de dente-de-leão, abóbora hokkaido, abóbora cabaça, abóbora menina, couve chinesa, agrião silvestre, couve-debruxelas, nirá (cebolinho Japonês), cebola, alho-francês, couve-flor, couve-lombarda, brócolos, agrião, cebolinho, grelos, rama de cenoura, rama de nabo, rama de rabanete, feijão verde, inhame, cará são os mais aconselháveis e equilibrados para um clima temperado e de quatro estações. As pessoas muito yin deveriam escolher apenas as verduras e legumes mais yang, por exemplo: bardana, raiz de lótus, cenoura, nabo branco comprido seco, agrião, cebolinha, etc. A variação na confecção e no consumo destes alimentos pode ser infinita, se existir dedicação e estudo. Os legumes mais yin como:batata, batata-doce, tomate, pimentos verde e vermelho, beringela,espargos, espinafre, beterraba, alcachofra, abacate, courgettes, bem como legumes tropicais, devem ser evitados ou consumidos raramente e somente por pessoas saudáveis. Deve-se ressaltar a importância do uso de vegetais e raízes fibrosos e ricos em sais minerais como o agrião, cebolinha, nirá (cebolinho Japonês), bardana, raiz de lótus, cenoura, raiz e folhas de dente-de-leão, etc. Na preparação destes alimentos para doentes não se deve utilizar outros condimentos a não ser: sal marinho, shoyu ou missô e pequenas quantidades de óleo de sésamo. As raízes são mais yang e as folhas são mais yin, o cereal é mais neutro. Entre os produtos do reino vegetal, os mais yin são os vegetais que são maiores em tamanho, que crescem acima do solo, numa direcção ascendente ou, abaixo do solo, num sentido horizontal, que sejam mais sumarentos e tenros, mais compridos e frágeis e que se desenvolvem em climas ou estações quentes. Os vegetais yang apresentam um tamanho mais pequeno, crescem, abaixo do solo, numa direcção descendente ou, acima do solo, num sentido horizontal, são mais secos e compactos, curtos e resistentes e desenvolvem-se em climas ou estações frias. Também podemos classificar os vegetais segundo a sua cor, desde as mais yin - violeta, anil, verde e branco até às mais yang - amarelo, castanho e vermelho. As percentagens dos vários componentes químicos, tais como o sódio, que é yang, e o potássio, que é yin, determinam também a qualidade yin-yang dos vegetais e de outros alimentos.

1 comentário:

Tiago Couto disse...

De volta aos anos 60!

Visita http://palavrasdechocolate.blogspot.com/2011/04/de-volta-aos-anos-60.html E descobre um pouco mais sobre os anos 60 em Portugal!