Tive muito êxito na vida. E agora decidi fazer da minha vida um êxito. Busco o que é perene e eterno neste Universo composto de mudança. Portanto tenho muito com que me entreter. Aqui vou publicando textos e links que acho serem suficientemente curiosos para trocarmos ideias sobre os temas focados. Muitos têm que ver com as minhas dúvidas. Portanto um blog de discussão. Com poucas certezas. Pois obviamente tudo o que aqui se diz é pura ficção.
sábado, 30 de julho de 2005
Televisão, Cinema e boas vibrações
Sempre adorei cinema e televisão.
Trabalhei umas décadas nesse mundo.
Durante muito tempo não conseguia estar a ver um filme, em paz. Apenas emocionalmente. Estragava tudo: estava o tempo todo a ver os racordes, os movimentos de câmera, o guarda roupa, música, textos, iluminação, decor e sei lá que mais.
Uma seca!
Depois passei a achar que era melhor deixar de ir ao cinema. Eram quase todos filmes tão violentos!
Como me disse uma vez o grande Manuel de Oliveira: os filmes actuais não têm respeito pelo espectador. Não lhe dão tempo de pensar.
E tal como antes da nossa revolução, aproveitava para ir ao cinema quando viajava. Via filmes italianos em Itália, franceses em França e assim por diante.
Anos depois, o meu filho mais novo já tinha a sabedoria de não querer ir lá. Por lhe fazerem medo.
Por definição tudo o que faz medo é passível de ser classificado como magia negra. Prometendo pouco de bom.
Há meses vendi a minha última televisão por 25€.
Quando a levaram tive a sensação de que tinham retirado um cano de esgoto vibracional da minha sala.
Ficou uma maravilhosa paz em toda casa.
Todavia há semanas rendi-me.
Comprei uma engenhoca que se mete no laptop e dá para ouvir rádio, jogar na playstation, ir vendo televisão no ecran todo ou num ecran pequenino. E curiosamente tem um nome em português: AVerTV.
Por exemplo agora mesmo. Enquanto estou a escrever este post.
Aqui ao lado tenho um quadradinho pequeno, que é um ecram onde vou vendo os programas que mais me agradem.
Vamos lá ver o que é que isto vai dar.
Agora passei no zapingue, por uma daquelas sequências de anedotas. Quase todas ordinaríssimas como convém a uma população cheia de disfunções sexuais ou doenças degenerativas nesses orgãos.
Mas o pior nestas coisa é sem dúvida alguma envenenar as refeições com a magia negra que são aqueles noticiários cheios de desgraças e música enervante.
Ainda dou comigo, distraída, a ver o filme do cão Rex, apesar de criar tudo menos boa vibração. A versão portuguesa é solar e tem muito melhor vibração.
A propósito a nossa ficção está cada vez melhor.
No cinema e na tv.
Basta dar uma volta pela TVE para verificar a qualidade da nossa iluminação e não só.
A versão pt, com a Alexandra Lencastre, daquela história do banqueiro-que-tem-muitos filhos-e-está-apaixonado-pela-governanta-dos-filhos-que-afinal-tem-uma- vida-dupla, é duma qualidade que a põe a anos luz da versão espanhola original.
Mas os espanhois têm graça nos programas de fofocas, desde que se consigam reter em termos de crueldade. E nos musicais também são bons.
Na verdade acho o sentido de humor deles absolutamente cruel. Muito diferente do nosso. Para dizer a verdade: insuportável.
Esta moda de porem os convidados em situações humilhantes e embaraçosas já advém do contágio transfronteiriço, ou será só consequência da crise que dá azo ao abuso tipo"os cavalos também se abatem"?
Deus nos abençoe a todos. E nos dê sabedoria.
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