quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

Feliz Ano Novo!


Paz, Felicidade e Amor

Vim só deixar uma palavra em resposta às preocupações dos/as nossas/os comentadores.
Fiquei muito sensibilizada com o vosso cuidado!
Obrigada.
Está tudo bem comigo!
Os intelectuais produtores alternam periodos de produção com outros de recolha e elaboração.
Tenho andado muito ocupada a recolher informação. Nem tenho vindo à net.
Já viu o bem que uma grande gripe faz às pessoas?
Parece que nascemos de novo.
Mas só se não nos enchermos de medicamentos, obviamente.
Leio muito, medito, como bem e tenho feito agricultura biológica. Depois de décadas a estudar sobre este tema e de andar a cavar nas terras dos outros, resolvi transformar um velho jardim, com espécies relativamente exóticas e inúteis, numa belíssima horta-jardim.
Comi sopa de urtigas e urtigas escaldadas pelo Natal.
E o que eu tenho aprendido sobre ecologia e a vida, enquanto faço o composto (já vou no segundo monte!), limpo a terra de entulhos, restos de obras (estes mestres de obras precisam de ter mais respeito com a terra fértil!), separo o que não é biodegradável, estudo e procuro informação tanto com agricultores experientes como na minha montanha de livros sobre o tema, para organizar tudo da melhor forma.
E como há muito que me aborrecem estas versões modernaças de ginástica caótico-barulhenta, ando felicíssima com tanto exercício físico. E a sentir-me melhor que bem.
O que noto é que fiquei com a pele das mão demasiado fina e sensível depois de me meter nestes trabalhos agrícolas. Bizarro?
É que salvo semear, faço tudo com luvas!
Reparei há bocado que tenho uma colecção de 8 pares de luvas diferentes. Como levei anos a reuni-las nem me tinha apercebido de ter tantas: de punho alto com textura especial para as silvas e roseiras, de pele de porco para pegar em coisas sujas, ásperas e pesadas, de borracha, de lona, de pano fino, de pano grosso com pintas de borracha para aderir melhor, umas mais largas, outras mais justas, etc. Mas lá vou fazendo tudo o que é preciso, sozinha. E as coisas que vou conseguindo fazer e carregar, surpreendem-me todos os dias.
Como tenho tendências demasiado intelectuais estas actividades físicas são-me muito terapêuticas. E prefiro isto a bordar tapeçaria, ;-) ,como fazem, a conselho dos seus psicólogos, os administradores de grandes empresas na 1ª classe dos aviões. Isto de andar demasiado no mundo das ideias tem os seus perigos...
Não faço uma agricultura completamente Fukuoka; mas a frase que mais me tocou foi:
-Uma hortaliça que não consiga, sozinha, desenvolver-se melhor que as ervas daninhas não merece que a comamos. E, desse modo, venha a fazer parte de nós!
Bem... Pelo menos rabanetes vou poder comer!
Porque, depois de me terem pregado um belo susto, desde a última lua nova, já passaram à frente das urtigas. ;-)

Sem comentários: