domingo, 15 de outubro de 2006

Gamboas, chícharos e outros que tal


Paz, Felicidade e Amor

Nas últimas semanas voltei a comer gamboas. Um fruto que não provava desde que me morreram as gamboeiras no jardim da casa onde nasci. Pouca gente ainda as conhece. Mesmo o agricultor a quem as comprei ontem no mercadinho, pretendia que eram só marmelos grandes.
Recordei o meu avô Raul amorosamente me corrigir quando estávamos na sala (sentados no sofá art deco de veludo, com desenhos geométricos demasiado caóticos para o meu gosto) a partilhar este fruto outonal. Disse-me:
---Não é um marmelo mas uma gamboa. Ouve este ruído quando se carrega nela com o polegar. Quer dizer que está boa para a comermos. Os marmelos só servem para fazer marmelada. As gamboas comem-se como as maçãs.
O que me têm sido úteis estes pequenos ensinamentos do avô Raul desde que me comecei a dedicar a sério à agricultura.
Quanto aos chícharos... É muito ecológico comer chícharos, por ser uma leguminosa tradicional caída em desuso, era comida de pobre e portanto assim ajudarmos a preservar a diversidade. Ainda tenho de aprimorar a forma de prepará-los pois com aquela pele tão dura ... ainda não morro de amores por eles. Dizem que é só cozer mais tempo. Vou experimentar.
Tive de lhe mostrar o meu forno solar a funcionar na marquize virada a sul. Resolvi usar nele só pirex com tampa. São bonitos, baratos, podem ir à mesa e ao frigorífico. Evitam bastante o problema do vapôr de água que se condensa no vidro de cima, diminuindo a rentabilidade.
Com a energia serena a alegre do sol os marmelos e tudo o mais fica delicioso e sem ser preciso juntar água.

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