Tive muito êxito na vida. E agora decidi fazer da minha vida um êxito. Busco o que é perene e eterno neste Universo composto de mudança. Portanto tenho muito com que me entreter. Aqui vou publicando textos e links que acho serem suficientemente curiosos para trocarmos ideias sobre os temas focados. Muitos têm que ver com as minhas dúvidas. Portanto um blog de discussão. Com poucas certezas. Pois obviamente tudo o que aqui se diz é pura ficção.
quarta-feira, 19 de outubro de 2005
As melhores Casa de Modas
Na imagem da esquerda estou com o vestido encarnado e na da direita tenho o vestido de riscas e flores. E nesta também uma maquilhagem fortíssima de passerelle; mas resolveram aproveitar esta foto para publicidade e deu este resultado.
Nos anos 80 as casas que contratavam os melhores manequins eram poucas. Eram a Carmem Modas, a Ayer e o Eduardo Martins. Em Aveiro havia a Boutique Belle Epoque.
As outras apareciam e desapareciam.
Ou então eram as colecções de fábrica que não faziam grandes passagens nos grandes salões dos melhores hoteis.
Alugavam uma sala num hotel bom e nela reuniam a equipa de vendedores que convidavam os seus clientes donos de lojas. Nós ficávamos juntas noutra sala, com as roupas e as assistentes. Quando vinham clientes mostrávamos toda a colecção ou só as peças que eles escolhessem.
Onde se ganhava muito bem era nestas mesmas passagens de fábrica.
As melhores eram a Helen Arn ou Maria Helena Almeida, a Hevimac, Dali/Pierre Cardin e muitas outras que já não recordo.
Muitas colegas achavam isto tudo muito aborrecido porque passamos muito tempo à espera, sem fazer quase nada.
Eu levava um livro interessante, encontrava um local confortável e trabalhava quando mo pediam. Dizíamos piadas, partilhávamos as emoções dos namoros, íamos almoçar e jantar perto.
Em geral tínhamos uma ou duas assistentes por manequim para nos ajudar a vestir e despir. Despir depressa era muito importante, pois tínhamos de voltar a sair o mais rápidamente possível para a passerelle.
Toda a gente era muito agradável e divertida. Pelo menos quando eu lá estava.
Numa época uma destas empresas não me contratou. Porém na seguinte procurou-me logo bem cedo. Disse-me o dono que eu dava bom ambiente entre colegas. Na época anterior tinham tido muitos litígios e problemas.
Portanto conselho para quem sonha com esta profissão: arme-se de paciência. Como eu costumava responder às minhas colegas impacientes por estarem a fazer nada:
-Qual é o problema de não fazer nada?
Pagam-nos tão bem para isto!
E voltava ao meu livro.
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1 comentário:
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