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Entre 1980 e 1984 organizei uma coisa chamada A Eleição dos Mais e Menos Elegantes.
Por causa do Yin-Yang resolvi fazer os dois opostos complementares. Mas teria sido muito mais cómodo se só tivesse eleito Os Mais Elegantes.
Mas era o que eu sabia fazer e foi assim que fiz.
Para quem não conhece o Tao as árvores são árvores e os rios são rios.
Para quem estuda o Tao as arvores deixam de ser árvores e os rios deixam de ser rios.
Para quem conhece o Tao as árvores são apenas árvores e os rios apenas rios.
Nesta fase eu, evidentemente, era uma estudante do Tao.
Recordo destes 4 anos uma época de sarabanda total na minha vida. Sempre no meio de um turbilhão de desconhecidos que se faziam muito meus amigos e me convidavam para tudo e mais alguma coisa.
À minha volta fervilhavam intrigas, tricas e mexericos. Apercebi-me de muito poucos. Só mais tarde vim a saber muito do que se passava à minha volta. E nem quero saber mais.
Eu era muito novinha e estávamos na pós-revolução. Não dava para ganhar o muito dinheiro que isto hoje isto daria como negócio.
A cobertura jornalística era tal que eu tinha sido obrigada a contratatar esta agência Recorte; por ser humanamente impossível recolher todas as referências na imprensa escrita. Tenho 4 dossiers enormes cheios de recortes desta época.
Na foto pode ver a France de Vasconcelos, o Michel e o Herman José, entre outros.
No fim da eleição havia sempre pessoas que deixavam de me falar. Descobri que a razão era que outros membros do juri (juri este que não era só o Carlos Castro!) deitavam as culpas para mim por não os terem posto nas listas finais.
E aparecer numa lista destas é determinante para certas profissões.
Aprendi muito com esta experiência. Contudo não me deixou saudades.
Nunca tenho saudades do passado.
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