Tive muito êxito na vida. E agora decidi fazer da minha vida um êxito. Busco o que é perene e eterno neste Universo composto de mudança. Portanto tenho muito com que me entreter. Aqui vou publicando textos e links que acho serem suficientemente curiosos para trocarmos ideias sobre os temas focados. Muitos têm que ver com as minhas dúvidas. Portanto um blog de discussão. Com poucas certezas. Pois obviamente tudo o que aqui se diz é pura ficção.
quinta-feira, 6 de outubro de 2005
Vivam as panelas velhas e as frigideiras queimadas!
Antes dizia-se panelas velhas é que fazem boa sopa. Limpavam-se bem por dentro mas não precisavam disso por fora. Mantinham-se bem enfarruscadas. E assim é que era bom!
Eram de barro, esmalte, ferro fundido ou de cobre. Herdavam-se e assim duravam várias gerações.
Depois impingiram-nos os tachos de alumínio, assustando-nos com umas ideias/papões acerca do ferro e do cobre.
Tachos de alumínio estes que foram responsáveis por muitas intoxicações em banquetes. Por deixarem as vitualhas dentro deles tempo demais. Nas casas particulares o envenenamento pelo alumínio era muito mais discreto e lento. Mas não menos pernicioso.
Ultimamente apareceu o aço inox. Em 1982 quando eu estava a cozinhar com o Michel no programa dele na RTP, ele afirmou peremptoriamente que o aço inox só servia para ferver água. Eu tinha levado uma chapa difusora para que isto não acontecesse e cozinhei neles.
Mais tarde passaram a pôr chapas difusoras em todos os tachos de inox. Foi um deslumbramento o que se conseguia fazer com esta nova maravilha da tecnologia. Hoje toda a gente as tem.
Mas como o meu querido wok (tem uns 15 anos pelo menos e está ali para durar) é que está a ilustrar este post vamos falar das frigideiras.
As frigideiras novas tinham de ser queimadas para ficarem anti-aderentes com um método natural. Por muito tóxico que seja o azeite queimado é fácil de ser eliminado pelo nosso corpo.
Portanto limpava-se bem a frigideira que tinha chegado da loja e depois ia-se queimando cuidadosamente o óleo nela. Ficava anti-aderente e então podíamos usa-la.
Aí resolveram considera-la como algo selvagem e impigiram-nos umas modernaças frigideiras também pretas mas com um fragilíssimo revestimento plástico de alta tecnologia para as manter antiaderentes.
Ora este plástico faz algo que o azeite queimado fazia lindamente sem ser difícil ou mesmo impossível de eliminar pelo nosso sistema orgânico.
Por isso ilustrei este post com o meu fiel wok. Nele faço salteados, fritos ou cozo no vapor e aqueço pratos já feitos com comida.
Com este wok tive uma grande trabalheira: queimei-o já várias vezes por causa da mania das limpezas das minhas mulheres a dias; achavam que estava sujo e lá o limpavam até ficar brilhante como vêm nos anúncios. E já agora um conselho: mantenha-o sempre untado com uma camada de bom óleo para não enferrujar.
Com este wok tive uma grande trabalheira: queimei-o já várias vezes por causa da mania das limpezas das minhas mulheres a dias; achavam que estava sujo e lá o limpavam até ficar brilhante como vêm nos anúncios...
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